ATUALIZADA: matéria atualizada às 14h20min em 2 de dezembro de 2020
A cidade de Santa Maria chegou, nesta segunda-feira, aos 111 óbitos associados à Covid-19. O caso mais recente é de um idoso de 71 anos, que morreu neste domingo.
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De acordo com o comunicado oficial da prefeitura, o idoso deu entrada na UTI do Hospital de Caridade Astrogildo de Azevedo em 19 de outubro. Em 28 de outubro, ele teve o diagnóstico positivo para o coronavírus. O idoso tinha registro de asma e doenças cardiovascular e neurológica crônicas.
NOVOS INFECTADOS
O boletim epidemiológico, atualizado na noite desta segunda, incluiu também mais 38 casos confirmados. O total de infectados, desde o início da pandemia, chega a 8.083. Destes, 7.429
casos pessoas já são consideradas recuperadas. Também há outros 1.941 casos suspeitos e 5.963 descartados.
REPERCUSSÃO
Após a veiculação desta matéria, um post nas redes sociais foi feito questionando a veracidade do óbito mais recente associado ao coronavírus na cidade. Na publicação, o texto alegava que o paciente não teria morrido por conta da Covid-19 nem teria as comorbidades mencionadas pela prefeitura.
Durante esta terça-feira, a reportagem entrou em contato com a prefeitura, que respondeu, via assessoria de comunicação, que "As informações deste email foram repassadas ao Centro Municipal de Acompanhamento da Covid-19. Porém, reforçamos que todos os dados dos pacientes são repassados pelo hospital de origem e, por isso, de responsabilidade da instituição".
Em contato com o Hospital de Caridade, por meio da diretora clínica, Jane Costa, foi informado que a instituição não divulga diretamente à imprensa nenhum tipo de informação sobre pacientes, e que eventuais contestações devem ser feitas diretamente pela família da vítima aos órgãos responsáveis.
COMO SÃO CONTABILIZADOS OS ÓBITOS?
A reportagem ainda pediu ao médico epidemiologista da Vigilância e coordenador do Centro de Referência Municipal de Covid-19 em Saúde, Marcos Lobato, que explicasse como são contabilizados os óbitos por coronavírus pelos órgãos de saúde. Segundo o médico, cada caso é analisado individualmente, pois a Covid-19 "não é como outras infecções, que as pessoas sobrevivem ou morrem, é uma infecção que deixa sequelas, pelo menos a médio prazo".
- Nós não inventamos as informações. Nós pegamos as informações dos sistemas oficiais e conferimos. Se no sistema tem um exame positivo ou uma tomografia, a gente pede uma cópia e verifica. É ainda duplamente verificado, por nós da Vigilância do município e pelo Estado. Nós analisamos tudo e discutimos, inclusive já houve diversos casos que foram descartados. No Sistema Único de Saúde a gente trabalha em rede, a gente não toma decisões que são dessa repercussão sozinhos - explica o médico.
Já em relação as comorbidades, Lobato afirma que o registro de doenças dos pacientes são puxados pelas fichas hospitalares.